Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália em Camberra, publicaram um estudo na revista Neurology (da Academia Americana de Neurologia), mostrando que pessoas com açúcar no sangue no extremo mais alto da faixa considerada “normal” tem um risco muito maior de diminuição do volume cerebral.
É comum eu ouvir dos pacientes que eles estão bem porque o açúcar no sangue está normal. Mas o que é “normal”? Um exame de laboratório pode indicar que um indivíduo está “normal” pelo padrão estabelecido, mas novos estudos estão levando a reconsiderar os parâmetros normais. Sua taxa de açúcar no sangue pode estar “normal”, mas se você come muito carboidrato e examinasse seu pâncreas, levaria um susto ao descobrir o esforço que ele está fazendo para bombear insulina o bastante para manter o equilíbrio. Por isso é crucial um exame de insulina de jejum, feito bem cedo de manhã antes da primeira refeição. Você pode estar a beira de um diabetes e já estar privando seu cérebro de parte de sua funcionalidade futura.
Vários estudos mostram que os níveis de açúcar no sangue podem ter um impacto na saúde do cérebro mesmo entre aqueles que não são portadores de diabetes.
O açúcar alto e o desequilíbrio na insulina são epidêmicos. Na próxima década, um em cada dois americanos sofrerá de “diabesidade” (termo usado para descrever uma série de desequilíbrios metabólicos, que vão de uma leve resistência insulinica ao diabetes, passando pelo pré diabetes) e cerca de 90% dessas pessoas não será diagnosticada, só ficarão sabendo do problema quando for tarde demais.
O que fazer dra? PREVENÇÃO! A ideia não é colocar uma tranca depois que a porta foi arrombada, mas evitar o mal antes que ele seja feito! Isso vai exigir mudanças nos hábitos alimentares.
Médica Drª Manuela Rocha Uchôa - CRMAL 6208
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